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Já se fala em Agile há mais de 20 anos e em Transformação Digital há pelo menos 30. Estes termos têm sido abusados, esticados, e muitas vezes usados num enquadramento ambíguo. Mas uma coisa é certa: à data de hoje há estudos e dados que nos mostram o mérito de ambos. E é disso que falamos hoje, especialmente para os céticos.

Um Business case pressupõe métricas tais como retorno do investimento ou período de payback mas também outras medidas tais como risco, time-to-market e churn. Muitos têm sido os estudos feitos neste âmbito nos últimos anos, invariavelmente com resultados muito positivos. Destaca-se um estudo levado a cabo pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, que compilou os dados de 79 outros estudos, concluindo que os projetos ágeis são 20 vezes mais produtivos, apresentam 5 vezes melhor custo e qualidade e um ponto de breakeven 7 vezes mais cedo. Adicionalmente o Retorno do Investimento (ROI) é 11 vezes mais alto, assim como o Net Present Value (NPV). 
Ao mesmo tempo, o Risco dos projetos é largamente reduzido, em duas vertentes essenciais:

  1. Risco Financeiro – Especialmente em projetos de grande envergadura a abordagem tradicional leva a um investimento inicial sem resultados visíveis. Nos projetos ágeis, por introdução do conceito Minimum Viable Product (MVP) (o mínimo que um produto deve ter para ser disponibilizado) é necessário um menor gasto na gestão e recuperação de risco. Limitando o work in progress(WIP) limita-se também o investimento parado em soluções ainda não entregues, ao mesmo tempo que se reduz a exposição em áreas tão diversas como compliance, obrigações regulamentares e perceção do público em geral.
  2. Risco do projeto – Uma vez que as práticas ágeis pressupõem a constante busca por feedback e a colaboração estreita entre todas as partes interessadas, o desperdício é muitíssimo reduzido e os pontos de risco têm uma visibilidade quase instantânea, sendo endereçados em tempo útil.
    Mas nem só de Investimento e Risco vive um business case. Há inúmeros outros benefícios, alguns deles intangíveis é certo, mas que toda a organização ambiciona:
    • Inovação exponencial
    • Equipas flexíveis 
    • Satisfação dos clientes e dos colaboradores
    • Valor acrescido nas entregas

Quem não quer ser cliente de uma empresa que inova constantemente? Ou trabalhar numa organização que valoriza as suas pessoas? Especialmente quando vê valor no seu trabalho?
É esta organização que estamos a construir a cada dia, quando deixamos para trás o pensamento “sempre se fez assim” e nos focamos no que é realmente importante e no valor que podemos aportar.
Todos nós temos influência neste business case para a agilidade. De que lado queremos estar?

Quinzenalmente partilhamos recursos e reflexões sobre Produtividade, Eficiência, Agilidade e Liderança.